quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Administrador de Sucesso

Carlos Alberto Silva nasceu em Valença – Bahia, em 27 de outubro de 1952, seu pai José Gomes Negrão era agricultor e sua mãe Ana Cecília Silva Negrão, dona-de-casa. Levava uma vida tranqüila, típica de interior. Em 3 de junho de 1968, aos 16 anos tem início sua carreira profissional ao ingressar para o quadro de colaboradores do Banco Econômico, como Servente, cargo designado para o que hoje conhecemos como “menor aprendiz”. Começava assim uma fantástica e surpreendente trajetória de sucesso.


Ao completar 18 anos solicitou sua transferência para Salvador, onde passou a atuar como escriturário. Na capital baiana, matricula-se no Colégio Estadual Central da Bahia para concluir o Ensino Médio. No mesmo ano passou no vestibular e ingressou na Universidade Federal da Bahia – UFBA, onde durante dois anos cursou Administração, o qual abandonou por não consegui conciliar a vida acadêmica com os horários do trabalho.

Entre 1972-1973, devido sua competência profissional, Carlos faz sua primeira viagem para fora da Bahia, foi para São Paulo trabalhar onde permaneceu durante um ano.


Em 1974-1975 o Brasil começa a abrir seu mercado para a capitação de recurso externo, nesse momento Carlos Alberto assume o cargo de gerência da área de capitação de recursos, permanecendo até 1978.

Em 1980, Carlos Alberto é nomeado Superintende comercial e devido seu excelente desempenho, recebeu várias premiações, entre elas uma viagem para feira de Sukuba no Japão.


Sem condições de dar prosseguimento a sua Graduação, Carlos Alberto começa a fazer cursos técnicos e profissionalizantes, inclusive o curso de Amana Key, o qual é destinado apenas para presidentes de empresa.

Durante esse período, Carlos Alberto teve um crescimento profissional e financeiro bastante positivo, pois após começar a carreira como servente, com bastante competência consegue atingir os cargos superiores que tanto almejava.


Devido a quebra do Banco Econômico em 11 de agosto de 1995, o Banco Central assume a gestão por meio de intervenção. Carlos Alberto aproveita para voltar a estudar, por feitos vários cursos por meio de uma matricula especial voltar a ingressar a Universidade Federal da Bahia – UFBA agora no NPGA (Núcleo de Pós Graduação em Administração), onde curso Finanças.


No ano de 1996 matricula-se no curso de Contábeis na Faculdade Baiana de Ciências Contábeis – FABAC, concluindo em 1999. De 2002 a 2007 são anos marcados com inúmeros acontecimentos. Carlos Alberto passa a ser representante do Banco Rural por dois anos, começa a trabalhar na Base Card, passa no IBMEC culminando na abertura de sua empresa de consultoria, a Negrão Consultoria. Em 2003, entra no quadro societário do Colégio Anchieta, onde em 2008 assume a Diretoria de Controladoria da Organização, com o objetivo de ajudar o Presidente nas tomadas de decisões, agindo como facilitador das negociações.


Implanta o sistema de Governança Corporativa nível I com finalidade de melhorar os controles internos, atribuir mais transparência nas ações e a busca permanente para excelência na gestão. Tendo como referência Peter Drucker, continua a trilhar sua jornada, como exemplo de Administrador de sucesso.


A história vivida por Carlos Alberto pode ser elucidada na Teoria das Necessidades, onde o homem é constantemente motivado a atingir seus objetivos e ganhou evidências na Teoria Contingencial, que afirma que o ambiente condiciona e modifica as características organizacionais.


Na trajetória de Carlos Alberto, percebemos a batalha árdua de um jovem do interior sem nenhuma escolaridade e muito menos experiência profissional e com a oportunidade de mudar sua vida com a conquista do primeiro emprego. Após esse fato, Carlos ver suas necessidades sendo preenchidas de acordo com sua evolução profissional sempre alcançando cargos superiores ao longo se sua brilhante carreira. Esses acontecimentos se adéquam com a Teoria das Necessidades idealizada e defendida por Abraham H. Maslow.


A Teoria diz que as necessidades humanas podem ser Hierarquizadas. Isto significa dizer que uma necessidade de ordem superior surge somente quando a de ordem inferior foi relativamente satisfeita. O ser humano para conseguir a Auto-realização precisa antes ter algumas necessidades atendidas, tais com: Necessidade Fisiológica, necessidade de segurança, necessidades sociais e necessidade de estima. Durante a evolução profissional que ocorreu na vida de Carlos, notamos que ele foi atendendo as necessidades que Maslow descreve como necessária para atingir a Auto-realização.


Durante seu crescimento profissional, Carlos Alberto se depara com várias mudanças não previstas, muitas delas causadas por fatores externos. Essas mudanças de comportamento das Organizações devido a esses fatores é estudado pela Teoria da Contingência ou Teoria Contingencial, que surgiu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estruturas organizacionais são mais eficazes em determinados tipos de indústria. Essa teoria enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações, tudo é relativo, tudo depende. E podemos identificar esse principio durante a vida profissional de Carlos Alberto, pois ocorreram várias mudanças que o levou a seguir vários rumos diferentes e sempre se adaptando as situações e se destacando profissionalmente.


Abaixo, um breve relato de experiências vividas por Carlos comparadas a Teoria Contingencial.


O início da trajetória da vida do Sr. Carlos Alberto, nos remete a imaginar uma empresa embrionária cujo objetivo é o crescimento contínuo, buscando dos recursos do ambiente os meios necessários, assim evidenciados com os anseios relatados.


Ao transferir-se para Salvador, Carlos se vê inserindo em um ambiente mais complexo, o qual interfere em sua carreira acadêmica, almejou tanto um melhoramento que decidiu fazer uma escolha entre suas prioridades pessoais e profissionais. O ambiente de trabalho interfere mais uma vez em sua vida pessoal, o transferindo para fora do seu estado de origem, inserindo-o mais uma vez em um ambiente mais complexo, com sua nova estadia em São Paulo — a principal capital do país.


O cargo de gerente de captação de recursos foi lhe designado, devido a abertura do mercado brasileiro para captação de recursos externos, que o tornaria mais tarde um profissional renomado na sua área, viabilizando sua primeira saída do país para conhecer o Japão, nada mais é que força do ambiente externo.

Inserido em um ambiente de trabalho que requer conhecimentos específicos, levou mais uma vez a tomar outra decisão diferente do seu objetivo pessoal, abrindo uma nova janela com a escolha de tomar um curso de Amana Key destinado a presidentes de organizações.


Com a quebra do Banco Econômico, fator imprevisível, que muda novamente o rumo de sua vida, o levando para cursar finanças na faculdade. Este abriria novos caminhos em sua vida, culminando no ápice da sua realização profissional e pessoal assumindo diversos cargos importantes em grandes organizações e criação de sua empresa de consultoria.


Ao longo de todo texto que resume a vida do Sr. Carlos Alberto Silva, podemos co-relacionar diversos fatores do ambiente em que o mesmo estava inserido, onde diversos fatores do ambiente foram interferindo e moldando a vida do mesmo a cada passo galgado e os objetivos perseguidos para melhoria de sua vida, também foram moldados em conformidade com estes acontecimentos, o levando ao sucesso.

Em suma, estas características de adaptabilidade a mudanças do ambiente sem perder o foco do seu objetivo, são encontrados atrelados aos conceitos da Teoria Contingencial, que prega que o alcance da eficácia pode ser obtido, não sendo necessário seguir um único e exclusivo modelo, ou seja, não existe uma forma única e melhor para se alcançar os objetivos dentro de um ambiente variado. Com este conceito fica confirmado que a obtenção do nível superior não seria o único caminho a torná-lo um profissional bem sucedido.

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